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Chapter 2.3: Blindfolded

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Mensagem por RADIUS Qua Jun 05, 2013 6:05 pm

Spoiler:


Hospital de Konoha  2:45AM

Com uma boca contemplativa Sasame sorria vagamente. O homem que Sasame esperava, se aproximava rápido, seu chakra era tão agradável e lhe lembrava alguém.  Abriu os olhos ao mesmo tempo em que o homem de branco entrou no recinto.

-Você está indo muito bem S. Que regeneração impressionante! Qualquer que caisse daquele penhasco não sobreviveria. Exceto você. – disse o jovem doutor ainda com a mão no trinco. Fechou a porta com um movimento ágil, podia sentir os olhos de Sasame sobre suas costas, durante o percurso até seu leito e ainda enquanto checava seu prontuário.

-Ora doutor, quanto exagero. Este acidente, uma fatalidade. Sou muito grata por toda sua equipe, mas espero não amolá-los por muito tempo. – Fez uma pausa enquanto falava e acrescentou ligeiramente – Ele vem hoje?

-Certamente S. – disse o doutor com um sorriso nos olhos.

Sasame fechou os seus e pensou em tudo que diria a ele. Tentou organizar seus pensamentos confusos. Abriu os olhos novamente para agradece-lo pela informação, mas o homem de branco não encontrava-se na sala.
“Não percebi ele ir embora...por que? pensei estar curada”- Refletiu Sasame por um tempo até cair em um sono profundo.

Hospital de Konoha  14:45 PM

Sasame acordou novamente, enquanto sua visão vagava pelo quarto percebeu que a iluminação havia mudado, aparentemente não havia um relógio e ela se perguntou o por que. Sentou-se na cama e percebeu uma janela atrás de si. Olhou para a vila através dela, apertando os olhos.

-Cretinos, onde enfiaram meus óculos?- falou para si enquanto procurava seus óculos ao redor, precisaria de ajuda para enconteá-los apesar de não ansiar a visita de nenhuma enfermeira.

Continuou olhando através da janela, tudo que percebeu foi uma tarde pacata em Konoha, crianças se divertiam despreocupadas e pessoas comuns atravessavam a rua, Sasame parecia procurar  alguém enquanto observava a vidar passar. Sentiu uma vontade imensa de descer até lá, de experimentar a vida daqueles que passavam. Uma enfermeira abriu a porta bruscamente e aproximou-se de Sasame.

-Senhorita, não faça isso! Por que está fora do seu leito? Quem lhe deu permissão para isso?

-É...é...eu, eu, comoéquechama...- Sasame tentou explicar-se, embora percebeu que não havia feito nada de errado, que mal havia cometido?

-Venha, deite-se aqui, Shhh! Não faça esses movimentos bruscos. Você está em um período de stress pós-traumático. Isso vai ajudá-la.- A enfermeira acomodou Sasame de volta ao leito e aplicou uma medicação com a ajuda de uma injeção no seu catéter.

“É inútil discutir, todos esses cretinos parecem ter razão aqui” – Pensou Sasame enquanto adormecia pela segunda vez.

Hospital de Konoha  11:45 AM

Sasame acordou novamente, se sentia atordoada. Tentou levantar-se, e sem sucesso cai no chão. O chão estava frio. Escutou um bip, que se intensificou rapidamente, embora não tenha identificado que eram os aparelhos ligados ao seu peito que ecoavam, olhou para o teto, sentia falta do céu, queria ir lá fora, queria se divertir. Algo molhado caiu em seu rosto, tinha quase certeza que vinha do teto, talvez uma infiltração. Tratou de se esconder debaixo da cama, e só então percebeu que estava chorando, não havia nenhuma infiltração, eram suas próprias lágrimas. Se sentia infeliz e continuou a chorar. A porta do quarto abriu e Sasame viu os pés de alguém. Eram os pés dele, e por alguns instantes o horror passou, pensou ser eternamente grata pela sua presença.

-...eu, eu só queria ver o sol...sozinho....no céu.- disse Sasame para si mesmo, embora quissesse que ele a ajudasse a realizar seu desejo.

Sasame percebeu que além de Tokaru, mais alguém se encontrava no local, o médico da manhã anterior.

Hospital de Konoha  11:55 AM

-S.! O que aconteceu? Hey, Está tudo bem garota, você tem visita hoje, não quer saber quem é?- O médico queria entender a situação que encontrava ali. Sua paciente escondida debaixo da cama. Mas ela apenas parecia muito confusa.

-Talvez demore um pouco a se recuperar, não sabemos na verdade a gravidade dos seus problemas ainda. Talvez precise de acompanhamento na ala psiquiatrica durante algum tempo. – O doutor olhava para Tokaru, enquanto lhe explicava o quadro geral do paciente em voz baixa, para que apenas ele ouvisse.

-Só recentemente descobrimos, a quem Sasame esteve procurando desde que chegou aqui, ela fala sobre você durante boa parte em que está acordada.

-Bom, chamarei alguns enfermeiros, aparentementes Sasame não gosta das nossas enfermeiras. – O doutor saiu da sala deixando os dois a sós.


Última edição por RADIUS em Qua Jun 12, 2013 3:59 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por alt Qui Jun 06, 2013 1:16 am

Depois de algum tempo para pensar no que acontecia, decidi ir ver quem era meu porto seguro nesse momento. Ou será que eu era o dela? Não sabia. Minha pouca idade me ditava alguém frágil - ainda que, mesmo em meu estado, quisesse protegê-la. Quem me conhece sabe que crio laços afetivos até que com certa facilidade, como no caso do meu antigo e velho amigo Kenshou, de quem sinto muitas saudades...

"Vou vê-la... O mais rápido possível!" - Dizia, enquanto partia para o hospital.

Ansiedade? Creio que seja. Talvez uma vontade súbita de saber se está bem ou não, afinal, não é qualquer um que aguenta algo assim e se sai bem. Até prevejo que ela não tenha alta tão cedo, ainda que acredite que minha parceira é alguém forte o suficiente - ou teimosa o suficiente - para lutar contra o que os médicos dizem. Só me resta ir lá saber.

[...]

Depois de um tempo andando, chego até o local. O clima hospitalar é calmo, porém tenso para quem já perdeu tantos nas guerras e nas missões. Sinto que o clima é mais pesado ainda pelos fatos que vem ocorrendo nos últimos tempos. Os médicos parecem mais tensos que o normal, semelhantemente as enfermeiras, que correm entre os leitos sem parecerem calmas como devem.

Guiado por alguns médicos, adentro o leito de Sasame. Não como um padrão para alguém que está hospitalizado, ela não estava deitada ou desacordada. Parecia triste, chorava escondida. Me doía ver seu rosto molhado; não pelo suor da luta, mas pelo choro da tristeza.

Depois de ouvir algumas instruções, agradeço prostrando-me frente ao médico e fechando a porta em seguida. Me aproximo calmamente de onde Sasame está, sem assustá-la. Devo ser alguém que transmita segurança, não alguém que torne seu coração ainda mais aflito.

- Sasame-sama, dê-me sua mão. - dizia isso enquanto estendia a mão direita para ela. - É o Tokaru. - com um sorriso amistoso, olhava para onde estava, esperando que ela retribuísse o aperto de mão e viesse conversar comigo.
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