[Treino] Técnica - Genjutsu - Tokaru Zuuetso
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[Treino] Técnica - Genjutsu - Tokaru Zuuetso
Técnica a ser aprendida:
Gengakure no Jutsu
(Técnica da Ilusão Oculta)
Quem usa: Yuuhi Kurenai e Clã Kurama
Rank: C
Aparição: Kurenai Usando o Magen - Jubaku Satsu e o Clã Kurama usando o An no Genjutsu.
Descrição: Habilidade utilizada para desaparecer o usuário ilusóriamente. Como é uma ilusão nehum tipo de rastreamente funcionaria (Jutsu da Karin, Byakugan, insetos do Clã Aburame, sharingan...) porque a ilusão distorciria estes. Normalmente é usado em conjunto com outro genjutsu.
Gengakure no Jutsu
(Técnica da Ilusão Oculta)
Quem usa: Yuuhi Kurenai e Clã Kurama
Rank: C
Aparição: Kurenai Usando o Magen - Jubaku Satsu e o Clã Kurama usando o An no Genjutsu.
Descrição: Habilidade utilizada para desaparecer o usuário ilusóriamente. Como é uma ilusão nehum tipo de rastreamente funcionaria (Jutsu da Karin, Byakugan, insetos do Clã Aburame, sharingan...) porque a ilusão distorciria estes. Normalmente é usado em conjunto com outro genjutsu.
Re: [Treino] Técnica - Genjutsu - Tokaru Zuuetso
escreva, técnicas inteligentes requer textos inteligentes.
RADIUS- Administrador
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Data de inscrição : 11/09/2010
Re: [Treino] Técnica - Genjutsu - Tokaru Zuuetso
Em um belo dia de sol, ele estava aparecendo ainda, nenhuma nuvem se via, muito menos algum tipo de sinal de chuva, estava eu, deitado em minha cama. Ela era confortável; Minha vontade de sair dela era nula, e meus pés ainda estavam cansados pelo treino do dia anterior; Treino de chutes, vejam só! De repente, começo a ouvir sussurros e alguns toques à porta. Fico com medo, afinal parecia ser algo bem... Estranho, além de o horário ser pouquíssimo conveniente com visitas, afinal eram 6:10 da manhã, eu não estava esperando que ninguém viesse até mim. Nem conhecia muita gente, os únicos mais chegados são os ninjas do meu time, e meu amigo Ryuuken, embora eu soubesse que definitivamente eles não viriam a minha casa tão cedo.
Levanto, tentando não fazer nenhum mínimo barulho. Pego minhas armas, 3 shurikens somente, e coloco chakra raiton nelas. Estavam brilhantes, me lembravam estrelas em noite de lua cheia. Mas isso não importava muito agora, afinal, algum saqueador poderia estar tentando arrombar a minha casa! Vou andando, calmamente, sorrateiramente, diria eu, até a porta. Chegando perto dela, ouço uma frase que consegui entender:
- Cadê esse Tokaru? Estou há 3 horas aqui e esse infeliz ainda não saiu!
Nesse momento, solto as shurikens. Começo a rir com a situação. Me lembrei de quem se tratava, é Kusame Guhiko, o mais novo jounin de Konoha, e o mais jovem, ao que me consta. Havíamos marcado de se encontrar aqui, não lembro muito bem o horário, mas lembro de ter reclamado. Guhiko adorava madrugar, algo que eu odiava. Eu tinha o seguinte pensamento: “Acordar cedo gasta chakra, inquieta o corpo e diminui a resistência!”. Típico pensamento preguiçoso, mas enfim, era o que eu acreditava, e como dito por muitos, mudar minha opinião é ligeiramente difícil. Até hoje só houve uma pessoa que mudou minha opinião... Ainda lembro-me dos seus olhos rosados, dizendo pra mim durante uma aula da academia ninja: “Eu te amo, Tokaru”. Era lindo. Perfeito.
Findando meus pensamentos e reflexões, para surpreender Guhiko, decido olhar pela janela pra ver sua posição, e, quem sabe, fazer uma brincadeirinha com ele. Quando meto minha cara na janela, ele pega um papel bomba e coloca na minha cara, rapidamente. Nesse momento eu grito:
- Agora ferrou!
Pego o papel, tento tirá-lo do meu rosto, e não conseguindo, exclamo:
- O que você fez, Guhiko-senpai?
- Calma, Tokaru. É um papel bomba falso. Agora, criança, acalme-se – e após falar isso, ele tira o papel da minha cara, e o amassa – Só queria lhe dar um susto, é típico do meu jeito! Achei que saberia disso...
- Hilário senpai, hilário – falo eu com tom de ironia – agora me diga pra que estás aqui, tenho pressa de me deitar e descansar novamente.
- Idiota, eu estou aqui pra te treinar! Não se lembra? Bem previsível de você, Tokaru-san.
- Nem lembrava que você viria a minha casa! Como lembraria do que você viria fazer? – Na verdade, eu sabia pra que ele viria, mas falei assim pra que ele dissesse, pois ainda estava meio na dúvida – anda, me diga qual treinamento irá fazer...
- Soube que você é um genin especialista em genjutsus, correto?
- Sim, e eu soube que você é um jounin que quase sempre ensina as coisas na prática, por isso mesmo pedi que me treinasse...
- Perai, você lembrava que eu ia te treinar? Droga! – ai ele muda o tom – Tokaru, suas brincadeirinhas são revoltantes!
- Calma, Guhiko-senpai! Só queria descontrair o ambiente.
- Ah... está bem. Bom, continuando, você queria aprender um genjutsu agora, ou mais um tipo de chute pro seu arsenal?
- Bem... eu acho melhor outro genjutsu. Meu treinamento em tai é o suficiente com os tipos de chutes que tenho.
- Muito bem. Tem idéia de qual seria?
- Não...
- Vejamos... A primeira parte do treino é essa. Descubra e em 2 dias estarei de volta, para ensinar o jutsu que queres.
- Como queira, mas não me assuste novamente!
Nesse momento ele faz uma espécie de cafuné em minha cabeça, e diz:
- Tudo bem, seu idiota – nesse momento ele me fez lembrar muito meu pai - mas não me receba com shurikens denovo!
E nesse momento ele some. Algo fumacento havia acontecido e Guhiko-senpai sumiu. Acho que é uma técnica de movimentação... Um dia aprenderei isso e serei tão bom quando Guhiko-sensei! Mas... Enquanto esse dia não chega, me contento com os treinos de agora. Logo após a saída de Guhiko, ainda era cedo, decido descansar alguns minutos e partir na descoberta de um genjutsu para aprender. Porém, onde conseguir tal informação?
Vou me deitar, a cama estava confortável, mas eu estava tenso por não ter a menor ideia do que fazer pra descobrir um genjutsu que se aplique as minhas necessidades atuais. Algo que tenha um nível relativamente baixo, mas que convenha a ter um poder estratégico alto. Era quase que... Impossível. Mas... Eu só consegui pensar em como eu tenho que ser um ninja forte. Um ninja tão bom quantos os atuais jounins de Konoha. Matakatsu, Guhiko, Shisuke... Eles mostram como ser forte é importante e causa reconhecimento em meio à população da vila. Claro que fama não é algo que me é tão importante, mas queria ser reconhecido por fazer algum bem importante pela minha vila, essa que eu prometi proteger com a minha vida.
Decido sair após 45 minutos de descanso, eram 10:15, havia perdido a hora em meio as minhas reflexões. Agora estava disposto o suficiente para ir reconhecer um jutsu pra treinar. Levanto, tomo um banho e me arrumo. Teria que chega rapidamente até a biblioteca de Konoha. Chegando lá, decido procurar pergaminhos sobre genjutsus, talvez achasse algum que conviesse com minhas expectativas. A mal-humorada dona da biblioteca somente aponta para a parte de genjutsus e técnicas ilusórias. Ao chegar lá, vejam só, me deparo com quem? Guhiko-senpai, lendo alguns pergaminhos, sozinho, quieto. Ao vê-lo, decido falar com ele sobre meu treino:
- O que fazes aqui, sensei?
- Estava lhe esperando.
- Como?! Você nem sabia que eu viria!
- Tokaru, aprenda uma coisa, as pessoas são previsíveis. É só saber como a mente humana funciona, e saberá os passos de qualquer um que quiser. Você, como estrategista que é, deveria saber disso, eu acho...
- Eu prevejo os ataques inimigos, e não seus movimentos no dia-a-dia, sensei!
- Pois passe a prever.
Nesse momento o clima fica tenso. É como se ele estivesse querendo que eu mudasse e fosse muito mais analista das pessoas. Eu não gostava disso. Era como se eu tivesse que temer tudo e a todos, a menos que eles provassem que não fariam nada. Mesmo assim “aceitei”, sendo conivente com o conselho de Kusame-sensei.
Após essa conversa sobre previsões e pessoas, decido ser direto, e digo:
- Afinal, vai me dizer um jutsu pra aprender?
- Sim, ele se chama Genkakure no Jutsu, é um jutsu de invisibilidade ilusória. Uma lenda conta que Yuuhi Kurenai usava esse jutsu também, na época do lendário Uzumaki Naruto. Ele consiste em... – Nesse momento, interrompo o sensei:
- Sem mais delongas, vamos direto ao treino, ok?
- Olha seu idiota, entende uma coisa. Eu não gosto de treinos práticos, entendeu?
- Eu também não, sensei. Entretanto, estou cansado demais para ouvir, e disposto demais a acabar logo com isso.
- Cansado? De que? Nunca vi alguém mais preguiçoso que você, Tokaru...
- Ér... Sensei, você está aqui pra me ensinar um genjutsu ou pra me dar lição de moral?
- Vamos, vamos.
Nesse momento ele faz um sinal para partirmos. Estávamos indo em direção a um campo de treinamento, alguns quilômetros dali. Durante uma hora e meia de viagem, Kusame conta algumas de suas fascinantes histórias. Ele me contou como virou jounin tão cedo, e como é sua vida como shinobi. Em meio a isso tudo, relembro a morte de meus pais e paro de andar. Já dava pra ver o campo onde os treinos aconteceriam, entretanto eu sento no chão e começo a chorar. Nesse momento, um flashback começa.
“- Meu filho, sabe como se vende coisas?
- Sei pai, sei!
- Ótimo, então você será um mercador como eu?!
- Eu tenho um sonho de ser um shinobi, pai...
- Entendo. Como você quiser, eu não posso lhe obrigar.
Nesse momento, minha mãe entra na cozinha. Logo ela diz:
- Voce é lindo, meu filho!
- Nada mãe. São seus olhos.
Nesse momento, todos nós começamos a rir.”
O flashback acaba. Meu choro cessa. Agora estava mais do que determinado a cumprir essa nova missão, e conseguir um novo jutsu para meu arsenal. Nesse momento, levanto e digo:
- Sensei, vamos! Temos que terminar esse treino o mais rápido possível!
- Isso, Tokaru! É essa determinação que eu quero ver em você!
E caminhamos até o campo. Lá não há muita coisa além de árvores ao fundo, e em seu centro há uma parte que não tem grama, somente areia. Ele pede pra que eu sente no chão, e diz:
- Olhe o céu. Está vendo? Ele é azul. Agora tome isso – e me entrega um pedaço de vidro – olhe pelo vidro agora. Está vendo? O céu continua azul, entretanto vê-lo está mais difícil. Me dê. – e pega o vidro, pega uma folha no chão e me dá – agora olhe por esta folha. Está vendo o que?
- Uma folha? – falo com tom irônico – sensei, isso é ridículo.
- Ridículo é você. Entenda, nesse jutsu seu chakra tem que ser como a folha. Se for como o vidro, você vai achar que ele não está te vendo, mas ele vai estar, mesmo que embaçado, ele vai estar em vantagem. Se for como foi você olhando pro céu sem nada, ou seja, a olho nu, ele vai te ver e você não vai ter forças pra segurar. Entendeu?
- Tá, eu sei. Como faço o meu chakra ser como a folha?
- Lhe ensinar coisas é chato. Olha, perai que eu vou por partes, não me apresse.
- Tá, tá...
- Agora faça o seguinte. Olhe em meus olhos e concentre-se no seu objetivo.
- Ok.
E assim o faço. Olho em seus olhos e concentro em aprender o tal genjutsu. Foi interessante. Parecia que eu podia ver os olhos dele mais perto, e mais perto... Até uma hora que ele desapareceu. Vi que era o tal genjutsu e então concentrei chakra e vi que ele aos poucos foi aparecendo. Logo ele disse:
- Está vendo? Eu não fiz nada e desapareci.
- Han?!
- É isso. Você estava focado demais. Pense em como fazer e não em o que fazer.
- Não entendi. Explique porque você sumiu na minha vista.
- Concentrou seu pensamento em aprender o jutsu. Quando olhou pro meu olho, sua concentração fez com que eu me tornasse um nada em sua mente. Eu desapareci. Você tem que fazer o inimigo ter algo mais importante em sua mente do que você.
- Como?
- Ao ativar um dos cinco sentidos do oponente, você pode fazer seu chakra entrar ilusoriamente na mente dele. Depois disso, e só confundir o chakra dele e passar a fazer seu chakra concentrar-se de outra forma, em outra canalização. A cabeça dele ficará tão ocupada em se organizar, que sua presença será ignorada. Ele vai te olhar, e não vai te ver. Entretanto...
- O que foi, sensei?
- Se ele for bom em canalizar chakra, e tiver um aprendizado de genjutsu maior ou igual ao seu, você perderá o controle sobre sua cabeça. Distraído no seu próprio jutsu, pode perder o controle da batalha e ocasionar contra-ataques ao inimigo. Em resumo, você tem que ser melhor em questão de cabeça do que seu adversário.
- Entendo... Como consigo isso?
- Concentração. A maior arma do utilizador de genjutsu é a concentração. Concentre-se mais que o oponente e fará com a cabeça dele o que quiser.
- Ok. Agora... Vamos começar?
- Começar? Essa meia hora aqui já foi o começo, idiota. Agora o próximo passo. Aprenda a se concentrar.
Nesse momento ele joga uma kunai a uns 15 metros de distância e diz:
- Vá pra lá. Pegue a kunai e jogue em mim. Concentre-se no seu alvo, meu peito.
- Ok.
Corro até onde estava a tal kunai e a pego. Miro psicologicamente no peito dele e arremesso. O resultado foi previsível, ele a pegou com a mão. Eu pensei que havia fracassado, mas ele logo disse:
- Parabéns. Está certo.
- O que? Você pegou a kunai. E foi fácil.
- Eu sei. Agora toma – arremessa a kunai de volta, ela passa e corta minha perna – concentre-se!
- Mas você não avisou que jogaria!
- Avisar? Estou fazendo você ficar mais ligado e quer que eu o avise de meu ataque? Tokaru, você está em que país? Numa vila de mercadores?
- Tá, comece o teste de novo.
- Pensa. Fazer o mesmo teste seria previsível. Agora, se liga!
- Ok.
Nesse momento ele pega uma folha no chão, sente seu cheiro, olha pro céu e... some em meio a pétalas brancas. Agora eu teria que ficar atento, provavelmente era um genjutsu e deveria ter concentração. Concentro-me onde ele estava e em algo que notasse sua presença. Lembro que ele não costuma andar rapidamente, então pego uma shuriken, jogo pra cima e uso o Kawarimi. Caio no chão, de uns 2 metros de altura e sinto que algo está perto.
Nesse “algo” que estava perto, decido dar um chute. Não era nada. Era só parte da ilusão dele. Agora tinha que me concentrar mais. Sento no chão, fecho os olhos e paro. Em minha mente não passava mais nada, e agora tinha que conseguir.
Ouço algumas palmas e ele falando:
- Parabéns. Finalmente entendeu a magia de se concentrar.
- Mas... eu não fiz nada demais.
- Parou com os pensamentos fúteis. Isso é a base pra concentração ninja. Por hoje é só. Vá pra sua casa e amanhã fecharemos isso.
- Ok. Que horas?u
- Preveja. Bom dia.
E desaparece em meio a uma nuvem de fumaça. Agora ele me deixa um desafio, prever a hora que ele viria pro treino no dia seguinte. Nisso fico pensando, mas lembro que tenho que voltar pra casa. Saio do campo em direção a cidade.
Voltando, no caminho, vejo dois pássaros pretos. Eles começam a voar e cantar. Depois vejo que um deles morre, pois acho penas voando mais a frente. Isso poderia ser algo, e poderia ser nada também.
Continuo andando. Vejo o pássaro restante comendo o outro, morto. Aquela cena é chocante. Nunca achei que seria possível algo tão... brutal. Mas isso não podia ser normal.
Chego a casa. Vejo o horário, são 16:30. Passei esse tempo todo e nem mesmo tinha almoçado ainda. Vou até a cozinha, preparo o almoço e noto uma coisa. Ainda não estava na hora. No relógio da cozinha são 11:40. Volto pra sala e vejo que são mesmo 11:40. Tinha algo errado na parada.
Nesse mesmo dia decido treinar taijutsu. Meus chutes, obviamente. Sabia que era fraco em socos, mas não precisava deles, não ainda.
No dia seguinte, acordo cedo. Era 8:00 e estava cansadíssimo psicologicamente do dia anterior. Ainda estava pensando em qual seria o tal horário do Kusame. Um raciocínio me vem a mente e me arrumo pra ir até o campo as 11:40. Algo me diz que era esse o horário do encontro.
Chego lá, são 11:45, eu acho. Kusame está, como sempre, deitado no chão, olhando pro céu. Me deito ao seu lado, aponto pro sol, e digo:
- Está bonito. Nenhuma nuvem para interromper seu curso.
- Como você soube?
- Calma. Você me deu dicas, e não esperou que eu previsse, e sim pensasse.
- Ótimo. Segunda parte do treino concluída. Mas... explique seu raciocínio, jovem gênio.
- Enquanto eu voltava pra casa vi uma cena inacreditável. Ao chegar em casa, vejo que meus relógios estão desregulados, depois vejo que voltaram ao normal, rapidamente. O horário que ficou “normal” nos dois foi esse. Levando por conta a primeira cena, pensei da seguinte forma: “As aparências enganam”, e vim pra cá agora. Acertei?
- Sim, perfeito. Comecemos logo.
- Ok, o que eu tenho que fazer?
- Desapareça pra mim. Agora.
- Ok.
Olho em seus olhos. Concentro muito chakra em minha mente. Esse chakra parecia deixar minha cabeça embaralhada, mas momentaneamente. Depois vejo que o sensei começa a sentir dores na cabeça e diz:
- Calma. Concentre menos chakra. Você está atacando a minha mente, e não a confundindo. Essa dor em meio a uma luta é inútil.
- Mas... achei que causar dor na mente adversária fosse ótimo.
- E é, mas você não tem experiência e nem chakra para fazê-lo. Não aguentaria mais do que 5 segundos.
- Entendo...
- Ok, vamos comece novamente.
E eu me concentro. Vejo ele, com os olhos abertos, focado em mim. Parecia ser fácil, já que ele estava tão disposto a ficar olho no olho comigo. Meu chakra fluiu. Eu senti que estava perdendo o controle e parei. Novamente, concentrei chakra demais na minha cabeça. Vi agora que meu controle de chakra é bom, mas não consigo administrar sua quantidade, somente canalizá-la no local certo. Isso nem é tão ruim, mas prejudicava esse jutsu.
Kusame-sensei logo diz:
- Já sei. Aprenda a concentrar chakra na cabeça, já que sabe concentrá-lo nas mãos!
- Isso que eu queria também, sensei. Como o farei?
- Tome isso – e ele pega uma folha no chão e me dá - e coloque a sua frente, e sente-se no chão. Olhe pra ela e concentre-se. Agora, deve fazer com que ela aumente de tamanho na sua cabeça, mas o possível para ver a pedra que está embaixo.
- Como quiser.
Começo. A folha parecia estar normal e minha cabeça estava começando a doer. Logo ele diz:
- É isso, sua cabeça está doendo, eu previa isso. Agora concentre um pouco mais. Se passar a não ser possível ver a pedra, controle e concentre menos.
- Assim o farei.
E comecei novamente. A pedra ainda parecia visível, mas uma coisa interessante aconteceu. A folha cresceu muito, a pedra passou a aumentar também, e parecia ir até os limites de compreensão, a folha parecia estar bem a um centímetro dos meus olhos, mesmo que não pudesse senti-la. Ai a pedra sumiu. Não pareceu estar encoberta, só se tornou menos... importante, na minha mente. Logo, começo a me concentrar menos, algo como aliviar a circulação de chakra na minha mente, e a pedra foi sendo visualizada novamente.
- Consegui! Aumentei minha circulação de chakra, e agora pude manejá-la, conseguindo ver a pedra, mesmo aumentando a folha de tamanho, na minha mente!
- Muito bem, Tokaru-san. Agora comece o treino do Genkakure novamente, será bem mais fácil.
- Ok.
E assim o faço. Me levanto, olho nos olhos de Guhiko-sensei, e começo. O chakra, em sua essência, é uma faca de dois gumes, que deve ser muito bem administrado. Caso não seja, será como “o veneno que é tomado pelo envenenador”.
Com o tempo vi que enquanto ia fazendo o jutsu, Kusame ia ficando com uma cara engraçada. Era como se ele tivesse feliz, e... irônico, ao mesmo tempo. De repente, ele fala:
- Pare, é o suficiente.
- E ai, o que foi que aconteceu?
- Você... fracassou.
- O que?!
- Brincadeira, idiota – e fica sorrindo e fazendo cafuné, como se eu fosse uma criança – aprendeu um novo genjutsu.
- Obrigado, Kusame-sensei!
- Agora, vá pra casa e descanse, sua cabeça foi exigida demais.
E me retiro, feliz da vida com meu novo feito, e renovado, pois agora havia aprendido mais do que um jutsu, aprendi a lidar com minha mente.
Levanto, tentando não fazer nenhum mínimo barulho. Pego minhas armas, 3 shurikens somente, e coloco chakra raiton nelas. Estavam brilhantes, me lembravam estrelas em noite de lua cheia. Mas isso não importava muito agora, afinal, algum saqueador poderia estar tentando arrombar a minha casa! Vou andando, calmamente, sorrateiramente, diria eu, até a porta. Chegando perto dela, ouço uma frase que consegui entender:
- Cadê esse Tokaru? Estou há 3 horas aqui e esse infeliz ainda não saiu!
Nesse momento, solto as shurikens. Começo a rir com a situação. Me lembrei de quem se tratava, é Kusame Guhiko, o mais novo jounin de Konoha, e o mais jovem, ao que me consta. Havíamos marcado de se encontrar aqui, não lembro muito bem o horário, mas lembro de ter reclamado. Guhiko adorava madrugar, algo que eu odiava. Eu tinha o seguinte pensamento: “Acordar cedo gasta chakra, inquieta o corpo e diminui a resistência!”. Típico pensamento preguiçoso, mas enfim, era o que eu acreditava, e como dito por muitos, mudar minha opinião é ligeiramente difícil. Até hoje só houve uma pessoa que mudou minha opinião... Ainda lembro-me dos seus olhos rosados, dizendo pra mim durante uma aula da academia ninja: “Eu te amo, Tokaru”. Era lindo. Perfeito.
Findando meus pensamentos e reflexões, para surpreender Guhiko, decido olhar pela janela pra ver sua posição, e, quem sabe, fazer uma brincadeirinha com ele. Quando meto minha cara na janela, ele pega um papel bomba e coloca na minha cara, rapidamente. Nesse momento eu grito:
- Agora ferrou!
Pego o papel, tento tirá-lo do meu rosto, e não conseguindo, exclamo:
- O que você fez, Guhiko-senpai?
- Calma, Tokaru. É um papel bomba falso. Agora, criança, acalme-se – e após falar isso, ele tira o papel da minha cara, e o amassa – Só queria lhe dar um susto, é típico do meu jeito! Achei que saberia disso...
- Hilário senpai, hilário – falo eu com tom de ironia – agora me diga pra que estás aqui, tenho pressa de me deitar e descansar novamente.
- Idiota, eu estou aqui pra te treinar! Não se lembra? Bem previsível de você, Tokaru-san.
- Nem lembrava que você viria a minha casa! Como lembraria do que você viria fazer? – Na verdade, eu sabia pra que ele viria, mas falei assim pra que ele dissesse, pois ainda estava meio na dúvida – anda, me diga qual treinamento irá fazer...
- Soube que você é um genin especialista em genjutsus, correto?
- Sim, e eu soube que você é um jounin que quase sempre ensina as coisas na prática, por isso mesmo pedi que me treinasse...
- Perai, você lembrava que eu ia te treinar? Droga! – ai ele muda o tom – Tokaru, suas brincadeirinhas são revoltantes!
- Calma, Guhiko-senpai! Só queria descontrair o ambiente.
- Ah... está bem. Bom, continuando, você queria aprender um genjutsu agora, ou mais um tipo de chute pro seu arsenal?
- Bem... eu acho melhor outro genjutsu. Meu treinamento em tai é o suficiente com os tipos de chutes que tenho.
- Muito bem. Tem idéia de qual seria?
- Não...
- Vejamos... A primeira parte do treino é essa. Descubra e em 2 dias estarei de volta, para ensinar o jutsu que queres.
- Como queira, mas não me assuste novamente!
Nesse momento ele faz uma espécie de cafuné em minha cabeça, e diz:
- Tudo bem, seu idiota – nesse momento ele me fez lembrar muito meu pai - mas não me receba com shurikens denovo!
E nesse momento ele some. Algo fumacento havia acontecido e Guhiko-senpai sumiu. Acho que é uma técnica de movimentação... Um dia aprenderei isso e serei tão bom quando Guhiko-sensei! Mas... Enquanto esse dia não chega, me contento com os treinos de agora. Logo após a saída de Guhiko, ainda era cedo, decido descansar alguns minutos e partir na descoberta de um genjutsu para aprender. Porém, onde conseguir tal informação?
Vou me deitar, a cama estava confortável, mas eu estava tenso por não ter a menor ideia do que fazer pra descobrir um genjutsu que se aplique as minhas necessidades atuais. Algo que tenha um nível relativamente baixo, mas que convenha a ter um poder estratégico alto. Era quase que... Impossível. Mas... Eu só consegui pensar em como eu tenho que ser um ninja forte. Um ninja tão bom quantos os atuais jounins de Konoha. Matakatsu, Guhiko, Shisuke... Eles mostram como ser forte é importante e causa reconhecimento em meio à população da vila. Claro que fama não é algo que me é tão importante, mas queria ser reconhecido por fazer algum bem importante pela minha vila, essa que eu prometi proteger com a minha vida.
Decido sair após 45 minutos de descanso, eram 10:15, havia perdido a hora em meio as minhas reflexões. Agora estava disposto o suficiente para ir reconhecer um jutsu pra treinar. Levanto, tomo um banho e me arrumo. Teria que chega rapidamente até a biblioteca de Konoha. Chegando lá, decido procurar pergaminhos sobre genjutsus, talvez achasse algum que conviesse com minhas expectativas. A mal-humorada dona da biblioteca somente aponta para a parte de genjutsus e técnicas ilusórias. Ao chegar lá, vejam só, me deparo com quem? Guhiko-senpai, lendo alguns pergaminhos, sozinho, quieto. Ao vê-lo, decido falar com ele sobre meu treino:
- O que fazes aqui, sensei?
- Estava lhe esperando.
- Como?! Você nem sabia que eu viria!
- Tokaru, aprenda uma coisa, as pessoas são previsíveis. É só saber como a mente humana funciona, e saberá os passos de qualquer um que quiser. Você, como estrategista que é, deveria saber disso, eu acho...
- Eu prevejo os ataques inimigos, e não seus movimentos no dia-a-dia, sensei!
- Pois passe a prever.
Nesse momento o clima fica tenso. É como se ele estivesse querendo que eu mudasse e fosse muito mais analista das pessoas. Eu não gostava disso. Era como se eu tivesse que temer tudo e a todos, a menos que eles provassem que não fariam nada. Mesmo assim “aceitei”, sendo conivente com o conselho de Kusame-sensei.
Após essa conversa sobre previsões e pessoas, decido ser direto, e digo:
- Afinal, vai me dizer um jutsu pra aprender?
- Sim, ele se chama Genkakure no Jutsu, é um jutsu de invisibilidade ilusória. Uma lenda conta que Yuuhi Kurenai usava esse jutsu também, na época do lendário Uzumaki Naruto. Ele consiste em... – Nesse momento, interrompo o sensei:
- Sem mais delongas, vamos direto ao treino, ok?
- Olha seu idiota, entende uma coisa. Eu não gosto de treinos práticos, entendeu?
- Eu também não, sensei. Entretanto, estou cansado demais para ouvir, e disposto demais a acabar logo com isso.
- Cansado? De que? Nunca vi alguém mais preguiçoso que você, Tokaru...
- Ér... Sensei, você está aqui pra me ensinar um genjutsu ou pra me dar lição de moral?
- Vamos, vamos.
Nesse momento ele faz um sinal para partirmos. Estávamos indo em direção a um campo de treinamento, alguns quilômetros dali. Durante uma hora e meia de viagem, Kusame conta algumas de suas fascinantes histórias. Ele me contou como virou jounin tão cedo, e como é sua vida como shinobi. Em meio a isso tudo, relembro a morte de meus pais e paro de andar. Já dava pra ver o campo onde os treinos aconteceriam, entretanto eu sento no chão e começo a chorar. Nesse momento, um flashback começa.
“- Meu filho, sabe como se vende coisas?
- Sei pai, sei!
- Ótimo, então você será um mercador como eu?!
- Eu tenho um sonho de ser um shinobi, pai...
- Entendo. Como você quiser, eu não posso lhe obrigar.
Nesse momento, minha mãe entra na cozinha. Logo ela diz:
- Voce é lindo, meu filho!
- Nada mãe. São seus olhos.
Nesse momento, todos nós começamos a rir.”
O flashback acaba. Meu choro cessa. Agora estava mais do que determinado a cumprir essa nova missão, e conseguir um novo jutsu para meu arsenal. Nesse momento, levanto e digo:
- Sensei, vamos! Temos que terminar esse treino o mais rápido possível!
- Isso, Tokaru! É essa determinação que eu quero ver em você!
E caminhamos até o campo. Lá não há muita coisa além de árvores ao fundo, e em seu centro há uma parte que não tem grama, somente areia. Ele pede pra que eu sente no chão, e diz:
- Olhe o céu. Está vendo? Ele é azul. Agora tome isso – e me entrega um pedaço de vidro – olhe pelo vidro agora. Está vendo? O céu continua azul, entretanto vê-lo está mais difícil. Me dê. – e pega o vidro, pega uma folha no chão e me dá – agora olhe por esta folha. Está vendo o que?
- Uma folha? – falo com tom irônico – sensei, isso é ridículo.
- Ridículo é você. Entenda, nesse jutsu seu chakra tem que ser como a folha. Se for como o vidro, você vai achar que ele não está te vendo, mas ele vai estar, mesmo que embaçado, ele vai estar em vantagem. Se for como foi você olhando pro céu sem nada, ou seja, a olho nu, ele vai te ver e você não vai ter forças pra segurar. Entendeu?
- Tá, eu sei. Como faço o meu chakra ser como a folha?
- Lhe ensinar coisas é chato. Olha, perai que eu vou por partes, não me apresse.
- Tá, tá...
- Agora faça o seguinte. Olhe em meus olhos e concentre-se no seu objetivo.
- Ok.
E assim o faço. Olho em seus olhos e concentro em aprender o tal genjutsu. Foi interessante. Parecia que eu podia ver os olhos dele mais perto, e mais perto... Até uma hora que ele desapareceu. Vi que era o tal genjutsu e então concentrei chakra e vi que ele aos poucos foi aparecendo. Logo ele disse:
- Está vendo? Eu não fiz nada e desapareci.
- Han?!
- É isso. Você estava focado demais. Pense em como fazer e não em o que fazer.
- Não entendi. Explique porque você sumiu na minha vista.
- Concentrou seu pensamento em aprender o jutsu. Quando olhou pro meu olho, sua concentração fez com que eu me tornasse um nada em sua mente. Eu desapareci. Você tem que fazer o inimigo ter algo mais importante em sua mente do que você.
- Como?
- Ao ativar um dos cinco sentidos do oponente, você pode fazer seu chakra entrar ilusoriamente na mente dele. Depois disso, e só confundir o chakra dele e passar a fazer seu chakra concentrar-se de outra forma, em outra canalização. A cabeça dele ficará tão ocupada em se organizar, que sua presença será ignorada. Ele vai te olhar, e não vai te ver. Entretanto...
- O que foi, sensei?
- Se ele for bom em canalizar chakra, e tiver um aprendizado de genjutsu maior ou igual ao seu, você perderá o controle sobre sua cabeça. Distraído no seu próprio jutsu, pode perder o controle da batalha e ocasionar contra-ataques ao inimigo. Em resumo, você tem que ser melhor em questão de cabeça do que seu adversário.
- Entendo... Como consigo isso?
- Concentração. A maior arma do utilizador de genjutsu é a concentração. Concentre-se mais que o oponente e fará com a cabeça dele o que quiser.
- Ok. Agora... Vamos começar?
- Começar? Essa meia hora aqui já foi o começo, idiota. Agora o próximo passo. Aprenda a se concentrar.
Nesse momento ele joga uma kunai a uns 15 metros de distância e diz:
- Vá pra lá. Pegue a kunai e jogue em mim. Concentre-se no seu alvo, meu peito.
- Ok.
Corro até onde estava a tal kunai e a pego. Miro psicologicamente no peito dele e arremesso. O resultado foi previsível, ele a pegou com a mão. Eu pensei que havia fracassado, mas ele logo disse:
- Parabéns. Está certo.
- O que? Você pegou a kunai. E foi fácil.
- Eu sei. Agora toma – arremessa a kunai de volta, ela passa e corta minha perna – concentre-se!
- Mas você não avisou que jogaria!
- Avisar? Estou fazendo você ficar mais ligado e quer que eu o avise de meu ataque? Tokaru, você está em que país? Numa vila de mercadores?
- Tá, comece o teste de novo.
- Pensa. Fazer o mesmo teste seria previsível. Agora, se liga!
- Ok.
Nesse momento ele pega uma folha no chão, sente seu cheiro, olha pro céu e... some em meio a pétalas brancas. Agora eu teria que ficar atento, provavelmente era um genjutsu e deveria ter concentração. Concentro-me onde ele estava e em algo que notasse sua presença. Lembro que ele não costuma andar rapidamente, então pego uma shuriken, jogo pra cima e uso o Kawarimi. Caio no chão, de uns 2 metros de altura e sinto que algo está perto.
Nesse “algo” que estava perto, decido dar um chute. Não era nada. Era só parte da ilusão dele. Agora tinha que me concentrar mais. Sento no chão, fecho os olhos e paro. Em minha mente não passava mais nada, e agora tinha que conseguir.
Ouço algumas palmas e ele falando:
- Parabéns. Finalmente entendeu a magia de se concentrar.
- Mas... eu não fiz nada demais.
- Parou com os pensamentos fúteis. Isso é a base pra concentração ninja. Por hoje é só. Vá pra sua casa e amanhã fecharemos isso.
- Ok. Que horas?u
- Preveja. Bom dia.
E desaparece em meio a uma nuvem de fumaça. Agora ele me deixa um desafio, prever a hora que ele viria pro treino no dia seguinte. Nisso fico pensando, mas lembro que tenho que voltar pra casa. Saio do campo em direção a cidade.
Voltando, no caminho, vejo dois pássaros pretos. Eles começam a voar e cantar. Depois vejo que um deles morre, pois acho penas voando mais a frente. Isso poderia ser algo, e poderia ser nada também.
Continuo andando. Vejo o pássaro restante comendo o outro, morto. Aquela cena é chocante. Nunca achei que seria possível algo tão... brutal. Mas isso não podia ser normal.
Chego a casa. Vejo o horário, são 16:30. Passei esse tempo todo e nem mesmo tinha almoçado ainda. Vou até a cozinha, preparo o almoço e noto uma coisa. Ainda não estava na hora. No relógio da cozinha são 11:40. Volto pra sala e vejo que são mesmo 11:40. Tinha algo errado na parada.
Nesse mesmo dia decido treinar taijutsu. Meus chutes, obviamente. Sabia que era fraco em socos, mas não precisava deles, não ainda.
No dia seguinte, acordo cedo. Era 8:00 e estava cansadíssimo psicologicamente do dia anterior. Ainda estava pensando em qual seria o tal horário do Kusame. Um raciocínio me vem a mente e me arrumo pra ir até o campo as 11:40. Algo me diz que era esse o horário do encontro.
Chego lá, são 11:45, eu acho. Kusame está, como sempre, deitado no chão, olhando pro céu. Me deito ao seu lado, aponto pro sol, e digo:
- Está bonito. Nenhuma nuvem para interromper seu curso.
- Como você soube?
- Calma. Você me deu dicas, e não esperou que eu previsse, e sim pensasse.
- Ótimo. Segunda parte do treino concluída. Mas... explique seu raciocínio, jovem gênio.
- Enquanto eu voltava pra casa vi uma cena inacreditável. Ao chegar em casa, vejo que meus relógios estão desregulados, depois vejo que voltaram ao normal, rapidamente. O horário que ficou “normal” nos dois foi esse. Levando por conta a primeira cena, pensei da seguinte forma: “As aparências enganam”, e vim pra cá agora. Acertei?
- Sim, perfeito. Comecemos logo.
- Ok, o que eu tenho que fazer?
- Desapareça pra mim. Agora.
- Ok.
Olho em seus olhos. Concentro muito chakra em minha mente. Esse chakra parecia deixar minha cabeça embaralhada, mas momentaneamente. Depois vejo que o sensei começa a sentir dores na cabeça e diz:
- Calma. Concentre menos chakra. Você está atacando a minha mente, e não a confundindo. Essa dor em meio a uma luta é inútil.
- Mas... achei que causar dor na mente adversária fosse ótimo.
- E é, mas você não tem experiência e nem chakra para fazê-lo. Não aguentaria mais do que 5 segundos.
- Entendo...
- Ok, vamos comece novamente.
E eu me concentro. Vejo ele, com os olhos abertos, focado em mim. Parecia ser fácil, já que ele estava tão disposto a ficar olho no olho comigo. Meu chakra fluiu. Eu senti que estava perdendo o controle e parei. Novamente, concentrei chakra demais na minha cabeça. Vi agora que meu controle de chakra é bom, mas não consigo administrar sua quantidade, somente canalizá-la no local certo. Isso nem é tão ruim, mas prejudicava esse jutsu.
Kusame-sensei logo diz:
- Já sei. Aprenda a concentrar chakra na cabeça, já que sabe concentrá-lo nas mãos!
- Isso que eu queria também, sensei. Como o farei?
- Tome isso – e ele pega uma folha no chão e me dá - e coloque a sua frente, e sente-se no chão. Olhe pra ela e concentre-se. Agora, deve fazer com que ela aumente de tamanho na sua cabeça, mas o possível para ver a pedra que está embaixo.
- Como quiser.
Começo. A folha parecia estar normal e minha cabeça estava começando a doer. Logo ele diz:
- É isso, sua cabeça está doendo, eu previa isso. Agora concentre um pouco mais. Se passar a não ser possível ver a pedra, controle e concentre menos.
- Assim o farei.
E comecei novamente. A pedra ainda parecia visível, mas uma coisa interessante aconteceu. A folha cresceu muito, a pedra passou a aumentar também, e parecia ir até os limites de compreensão, a folha parecia estar bem a um centímetro dos meus olhos, mesmo que não pudesse senti-la. Ai a pedra sumiu. Não pareceu estar encoberta, só se tornou menos... importante, na minha mente. Logo, começo a me concentrar menos, algo como aliviar a circulação de chakra na minha mente, e a pedra foi sendo visualizada novamente.
- Consegui! Aumentei minha circulação de chakra, e agora pude manejá-la, conseguindo ver a pedra, mesmo aumentando a folha de tamanho, na minha mente!
- Muito bem, Tokaru-san. Agora comece o treino do Genkakure novamente, será bem mais fácil.
- Ok.
E assim o faço. Me levanto, olho nos olhos de Guhiko-sensei, e começo. O chakra, em sua essência, é uma faca de dois gumes, que deve ser muito bem administrado. Caso não seja, será como “o veneno que é tomado pelo envenenador”.
Com o tempo vi que enquanto ia fazendo o jutsu, Kusame ia ficando com uma cara engraçada. Era como se ele tivesse feliz, e... irônico, ao mesmo tempo. De repente, ele fala:
- Pare, é o suficiente.
- E ai, o que foi que aconteceu?
- Você... fracassou.
- O que?!
- Brincadeira, idiota – e fica sorrindo e fazendo cafuné, como se eu fosse uma criança – aprendeu um novo genjutsu.
- Obrigado, Kusame-sensei!
- Agora, vá pra casa e descanse, sua cabeça foi exigida demais.
E me retiro, feliz da vida com meu novo feito, e renovado, pois agora havia aprendido mais do que um jutsu, aprendi a lidar com minha mente.
Re: [Treino] Técnica - Genjutsu - Tokaru Zuuetso
Bem, eu acho que o treinamente está muito bom, então, o jutsu fora consquistado com sucesso. Parabéns Tokaru-kun
Fuuma Matakatsu- Membro Regular
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